Como podemos continuar a explorar, vender e queimar combustíveis fósseis, sabendo que eles são os maiores emissores dos gases que provocam o efeito estufa na atmosfera?
Quando vemos blocos para exploração de petróleo e gás sendo leiloados, nossas terras sendo vendidas para empresas corruptas, e o nosso país dando passos para trás, é impossível não sentir uma ponta sequer de indignação e revolta. É, no mínimo, ter a certeza de que estamos indo contra o que nosso planeta pede e precisa. Secas extremas, tempestades, cheias, inundações e furacões são a prova disso.
Como podemos continuar a explorar, vender e queimar combustíveis fósseis, sabendo que eles são os maiores emissores dos gases que provocam o efeito estufa na atmosfera? Como iremos cumprir as metas previstas no Acordo de Paris – nem tão ambiciosas assim- de manutenção da temperatura global abaixo do limite de 1,5ºC e de redução das emissões brasileiras em 37%, até 2025, e em 43%, até 2030?
Além de trazer a corrupção e a falta de transparência, os leilões fósseis desconsideram a demanda global por um novo modelo de desenvolvimento econômico-energético.
A verdade é que leilões fósseis precisam acabar. Isso é uma demanda global! Para isso, nós levantamos nossas vozes para mostrar que queremos um futuro livre dos combustíveis fósseis. Não aceitamos e nem aceitaremos calados. Vamos continuar lutando por um futuro renovável, responsável e ético para o nosso país e para todos!
A ANP realizará no dia 29 de março a 15ª Rodada de Licitações, que oferecerá 70 blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural em sete bacias sedimentares, uma área de aproximadamente 95 mil km². Esse leilão será dividido em duas etapas, uma com os blocos marítimos e outra com os terrestres.
Membros da sociedade civil, da 350.org Brasil, da COESUS (Coalizão Não Fracking Brasil pelo clima, água e vida) e da Arayara estarão presentes na abertura da 15ª Rodada, durante o leilão dos blocos terrestres, para se manifestar contra a exploração de combustíveis fósseis, que nos afasta das metas estabelecidas pelo Acordo de Paris e intensifica as mudanças climáticas. Os representantes também irão se manifestar contra o fraturamento hidráulico, também conhecido como FRACKING, que é uma atividade exploratória não convencional para extração de gás de xisto. Além de usar uma imensa quantidade de água, usa centenas de produtos químicos. Uma ameaça que pode atingir nossos territórios e causar danos irreparáveis ao meio ambiente, à agua e à saúde das pessoas.
Enquanto a cidade de Nova York desinveste dos combustíveis fósseis e processa na justiça federal as 5 empresas mais responsáveis pelo aquecimento global, o governo brasileiro insiste em promover leilões fósseis. Dessas 5 empresas, 4 delas – BP, Chevron, Exxon e Shell – estão inscritas na 15ª Rodada para exploração de petróleo e gás no Brasil.
De onde estiver, mostre seu apoio e diga NÃO a esse tipo de exploração. Acompanhe o evento para mais informações e compartilhe com seus amigos!
#NãoFrackingBrasil #LeilãoFóssilNão #ZeroFósseis
Mais informações sobre a 15ª Rodada após o dia 29 de março.
A 14ª Rodada de Licitações da ANP foi apenas um termômetro para avaliar o apetite das empresas, em preparação para a segunda e terceira rodadas de licitações de áreas do pré-sal, que foram realizadas no dia 27 de outubro de 2017.
No dia 27 de setembro de 2017 aconteceu no Rio de Janeiro a 14ª Rodada de Licitações de blocos para exploração convencional e não-convencional de petróleo e gás. Foram ofertados 287 blocos em várias regiões do país, em bacias sedimentares marítimas e terrestres, colocando em risco a biodiversidade e as populações em uma área total de mais de 120 mil km².
Dando prosseguimento ao cronograma de leilões de blocos para exploração e produção de petróleo e gás no Brasil, a Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP) realizou, no dia 27 de junho, uma audiência pública – a única de todo o processo, apesar do impacto de abrangência nacional – para analisar as contribuições recebidas durante a consulta pública referente à 14ª Rodada de Licitações, que ofertou 287 blocos para exploração de áreas em 9 bacias sedimentares. Mesmo sendo direcionada a discutir com a sociedade os impactos dos novos leilões, a audiência foi dominada pelas empresas petrolíferas. Ativistas da 350.org e COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida, representando os movimentos sociais, ambientalistas e climáticos, estiveram presentes e manifestaram repúdio aos novos leilões e também à maneira com que a ANP vem conduzindo o processo de oferta e venda de blocos.
Mesmo diante do rastro de destruição deixado pela indústria de combustíveis fósseis em todo o mundo, sendo ela a principal causadora da crise climática global e envolvida em escandalosos casos de corrupção, o governo brasileiro não se constrangeu ao organizar uma nova rodada de leilões para licitação de blocos para exploração de petróleo e gás. Sob protestos e gritos de “Petróleo, gás, carvão: aqui tem corrupção”, ativistas da 350.org Brasil e COESUS- Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida, indígenas, pescadores e representantes dos movimentos sociais tiveram sua presença restringida na 4ª Rodada de Acumulações Marginais, que foi realizada no dia 11 de maio, na sede da ANP (Agência Nacional de Petróleo e Gás), no Rio de Janeiro.
Enquanto o leilão ocorria, dezenas de indígenas, pescadores e ativistas de movimentos sociais e ambientais permaneceram protestando em frente ao prédio da ANP no Rio de Janeiro. Foto: Juliana Colussi/350/Brasil
Enquanto pessoas do mundo todo exigem dos líderes mundiais que diminuam os investimentos em combustíveis fósseis e forçam um acordo que limite o aumento da temperatura a 1,5º Graus, o Brasil, signatário do texto final da COP 21, continua a dar sinais que não irá mudar sua matriz energética.
Sob protesto de integrantes da Coalizão Não Fracking Brasil, a Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP) realizou no Rio de Janeiro a segunda etapa da 13ª Rodada de Licitações – Acumulações Marginais – para exploração de hidrocarbonetos.
Pela terceira vez em menos de dois anos, o governo brasileiro vem estimulando investimentos em combustíveis fósseis ao leiloar campos para a exploração não convencional de petróleo e gás de xisto.
Sem transparência e contrariando o que deseja a sociedade brasileira, a Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP) disponibilizou para leilão no dia 7 de outubro, 266 novos blocos para conceder a empresas petrolíferas internacionais e nacionais direito à exploração de gás de xisto (shale gas) por fraturamento hidráulico, o chamado Fracking.
A COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil, 350.org Brasil e Fundação Cooperlivre Arayara acompanharam esta rodada, que aconteceu no Windsor Barra Hotel, no Rio de Janeiro. Lideranças dos sindicatos rurais patronais de diversos estados , cooperativas agrícolas, lideranças do movimento climático e ambientalista, cientistas e especialistas em energias renováveis que apoiam a campanha nacional e internacional estavam presentes.
Pessoas de diversos lugares do Brasil e do mundo enviaram mensagens de apoio aos ativistas que protestaram contra o leilão da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) no Rio de Janeiro. Juntos, mostramos que os combustíveis fósseis devem ficar no subsolo, e que queremos um futuro com 100% de energia livre, limpa e renovável. Junte-se a nós!